John Robert Walmsley Stott (1921 - 2011), foi um pastor e teólogo anglicano britânico, conhecido como um dos grandes nomes mundiais evangélicos. Em 2005, a Revista Time classificou Stott entre as 100 pessoas mais influentes do mundo.
O livro Crer é Também Pensar foi publicado por John Stott na Inglaterra pela Inter-Varsity Press, em 1972 e no Brasil em 1994 pela ABU Editora.
No capítulo 1, Cristianismo de mente vazia, ele começa
mostrando a relação entre conhecimento e o zelo, um não funciona sem o outro. O
conhecimento tem que ser inflamado pelo zelo e o zelo dirigido pelo conhecimento.
Em seguida ele trata do anti-intelectualismo que é substituído pelo
pragmatismo. As pessoas prezam pelo que é mais rápido e funcionam, deixando de
lado a racionalidade. Isso é
exemplificado em alguns grupos de cristãos: os católicos e seus rituais, os
filantrópicos e os pentecostais e seu emocionalismo.
Stott finaliza o capítulo dizendo porque devemos usar as nossas mentes. Para
ele, as ações só são concretizadas depois de serem concebidas na mente e ter
inicialmente sido uma ideia.
No segundo capítulo, “Criados para pensar”, ele argumenta usando a
própria criação do ser humano e mostra que ele foi feito um ser racional.
Apesar da Queda e suas consequências negativas no ser humano, Deus sempre se
manifestou a ele usando a racionalidade.
No capítulo seguinte, “Pensando os pensamentos de Deus”, ele destaca a
revelação de Deus através de palavras às mentes humanas e que ela é racional às
criaturas racionais. Deixa Claro que o Cristianismo é uma religião revelada e
tem doutrinas que requer muito o uso da mente.
“Mentes renovadas” é o quarto capítulo. A argumentação aqui diz respeito
à Redenção do ser humano através da obra expiatória de Cristo. De acordo Sttot,
a reconstituição da imagem divina no ser humano, que foi distorcia pela Queda,
inclui a mente.
A seguir, no quinto capítulo “Julgados por nosso Conhecimento”, o uso da
mente se torna essencial porque ela está diretamente ligada ao juízo de Deus.
Ele mostra que o ser humano será julgado
pelo conhecimento e pela atitude em
resposta à sua revelação ou em falta de resposta à esta.
A partir do sexto capítulo, a “Mente na vida cristã”, o autor irá listar
seis vertentes da vida do cristão em que ele precisa usar a sua racionalidade.
A primeira esfera apresentada
é o Culto Cristão. Segundo Stott, todo culto, seja público ou pessoal, deve ser
feito de forma inteligente, como ele feito pelo povo judeu no Antigo Testamento
e como é recomendado no Novo. Deve ser uma boa resposta à auto revelação de
Deus através das suas palavras e Escrituras.
A Fé vem logo em
seguida. Mostra inicialmente que fé não é credulidade – crença ingênua e sem
sendo crítico; nem tampouco otimismo. Fé é uma confiança racional em Deus. A fé
caminha lado a lado com o pensamento e é impossível crer sem pensar.
A Busca da Santidade é
a outra área que deve ser pensada. Uma vida santa está relacionada ao auto
controle e o auto controle se dá através do controle da mente.
A mente também ser usada na Direção do
Cristão. Nesse ponto, ele faz uma interessante distinção entre vontade geral de
Deus, que é aquela para todo povo e em todas as épocas e vontade particular,
que é aquela para ocasiões específicas, como por exemplo, profissão, pessoa
para casar, etc. As decisões do Cristão precisam estar pautadas nos princípios
da Palavra de Deus.
Para Stott, a
Apresentação do Evangelho também deve ser feita de forma racional. É enfatizado
que o Evangelho deve ser pregado à pessoa toda: mente, coração e vontade. É
importante ressaltar que ele não despreza a ação do Espírito Santo no
convencimento das pessoas, mas também mostra a importância da persuasão
racional, exemplificando na própria pregação de Paulo.
A última área cristã de
uso da mente apresentada é o Ministério e seus Dons. De acordo o autor, o
ministério pastoral é essencialmente de ensino, o que o obrigará a estar com a
mente atenta e estudar.
O livro termina com a recomendação do Pastor John Stott: Aplicando o Conhecimento. Nesta parte final, o autor lembra a necessidade do equilíbrio com o conhecimento, pois ele não é um fim, mas um importante meio. Ele fecha mostrando ao que o conhecimento do cristão deve conduzir: à adoração, à fé, à santidade e ao amor, acima de tudo.
O livro termina com a recomendação do Pastor John Stott: Aplicando o Conhecimento. Nesta parte final, o autor lembra a necessidade do equilíbrio com o conhecimento, pois ele não é um fim, mas um importante meio. Ele fecha mostrando ao que o conhecimento do cristão deve conduzir: à adoração, à fé, à santidade e ao amor, acima de tudo.