segunda-feira, 3 de março de 2014

Resumo do livro de Karl Barth: Introdução à Teologia Evangélica


         O livro de Karl Barth (1886-1968) é dividido em quatro partes: primeira, o lugar da teologia; segunda, a existência da teologia; terceira, os perigos que ameaçam a teologia e quarta, o labor teológico. Cada parte tem quatro preleções referentes ao tema proposto. Vejamos:
1 – O Lugar da Teologia
 A primeira preleção trata sobre A Palavra, onde se afirma que “a Palavra de Deus é a Palavra que Deus falou, fala e falará em meio aos seres humanos – a todos seres humanos, quer seja ouvido ou não. É a Palavra de seu agir nos seres humanos, a favor dos seres humanos, com os seres humanos”.
       Em As Testemunhas, ele diz que existem as testemunhas primárias, que são os profetas do Antigo Testemunho e os apóstolos do Novo Testamento. Nós somos testemunhas delas, que transmitimos com grande fidelidade os seus ensinamentos.
        Sobre A Comunidade, ele evita o termo igreja, adotando “Comunidade, que quer dizer comunhão dos santos, das pessoas que por intermédio do testemunho original dos profetas e apóstolos foram alcançados, atingidas pela Palavra. O povo chamado e despertado para a fé - e portanto, concomitantemente, qual testemunhas de segunda ordem, chamado para testemunhar a Palavra no mundo – é idêntico à comunidade”.
  Por último, Barth fala sobre o Espírito. Ele enfatiza que “é evidente que também a teologia evangélica, sendo ciência modesta, livre, crítica e alegre, só poderá ser possível e real dentro do campo de força do Espírito, só como Teologia Pneumática. Só poderá existir se tiver a coragem de confiar que o Espírito é a verdade, que ele levanta a pergunta pela verdade e simultaneamente a responde”.

2 – A Existência da Teologia
        Primeiramente ele aborda sobre a Admiração. O termo “admiração” é derivado de miraculum – milagre. Ele mostra que o teólogo vai lidar com o agir de Deus e seus milagres, portanto vive admirado.
Na próxima preleção ele discorre sobre o Abalo, onde ele vai falar que quem se envolve com Teologia, não ficará apenas fascinada, mas também abalada, por causa da profundidade em que ela mostra as áreas mais íntimas da sua humanidade.                        
Em Comprometimento, é dito que “Deus quer dar às pessoas algo particular, mas também lhe pede algo peculiar. Ele a conforta, ergue, liberta. Mas também a engaja, manda-a caminhar, usar a liberdade com a qual foi presenteada. Chama-se de comprometimento este terceiro fator que faz o teólogo ser teólogo”.
Na última preleção o tema é Fé, que ele afirma que é o evento na história de uma pessoa, sem a qual todas as demais possibilidades e qualidades boas que lhe possam ser peculiares não poderiam acontecer. Na verdade, sem a fé não se poderia tornar-se e ser cristão e nem tão pouco, teólogo.

3 – Perigos que Ameaçam a Teologia           
         Ele mostra que aquele que se envolver com a Teologia enfrentará inevitavelmente a Solidão, tanto por parte do mundo como da Igreja. Isso acontece por causa dos ensinamentos ético-prático da teologia que confronta as pessoas.
        A Dúvida é considerada uma ameaça. Para Barth existem três coisas que originam a dúvida: o poder (o sistema governante secular pode seduzir o teólogo); os inúmeros problemas que a Igreja tem e a super alimentação (quando o teólogo quer estudar exclusivamente teologia, não quer ler jornal, romance, etc).
Em Tribulação, ele mostra que a teologia é atribulada porque os teólogos combatem entre si. Deus a julga, pois ela é imperfeita, já que é obra humana.                        
Concluindo essa parte, ele aconselha em Esperança que o teólogo que sofre com esses perigos deve aturar e suportar e continuar crendo em esperança como Abraão (Rm. 4:18).

4 – O Labor Teológico
“O primeiro é fundamental ato do trabalho teológico, porem, que permeará todos os atos seguintes qual tônica básica, é a Oração. Por certo tal trabalho será, desde o princípio e ininterruptamente, também Estudo e, em sua tonalidade, também Serviço; e certamente o Labor Teológico seria realizado em vão se não fosse feito em Amor”.                                                          

Lucas Bezerra Leal
Fotaleza-CE 03/03/14